segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Dove lança campanha incentivando meninas a amarem os seus cachos...Chorei,chorei,chorei, singelo e lindo.

 
 
 
Finalmente parece que os empresários estão entendendo que não só o Brasil mais o mundo é multicolorido e está ai a sua beleza na diversidade .Campanha linda da Dove .A primeira coisa que perguntam para a primeira menina que aparece no vídeo é se ela gosta do cabelo dela e ela responde que não, mas depois .....Chorei ,chorei,chorei..... lindo.

Você sabia que passa uma uma novela 100% negra aqui no Brasil... pois é conheça essa novidade.

 
Novela é composta por atores negros e trama é envolvida pela ambição. Foto: divulgação



O público brasileiro vai poder acompanhar, a partir de hoje (10) na TV Brasil, uma novela na qual quase todos os atores são negros e desempenham os mais variados papéis como empresários, modelos e jornalistas. Além de mostrar um cenário de glamour e ambição, a novela Windeck, produzida em Angola, traz elementos da tradição e da cultura africana, como costumes e dança.
“Não é uma mera exibição de novela, é política pública. Estamos dando espaço para a representação negra positiva e para a África se mostrar para os brasileiros da maneira que o brasileiro mais gosta e melhor recepciona a informação”, explica o diretor-geral da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Eduardo Castro. Antes de decidir pela exibição da novela, a EBC promoveu discussões com integrantes do movimento negro para verificar a receptividade da trama.

Castro destaca que, em Windeck, os personagens negros aparecem em funções de destaque na sociedade, como donos de empresas, presidentes de banco e modelos. “Negro não é o que vemos nas nossas novelas: serviçal, abridor de porta, jogador de futebol e pagodeiro”, diz. Além de apresentar elementos culturais de Angola, a novela traz temas como a violência doméstica, a homofobia e as doenças sexualmente transmissíveis. Segundo Castro, todos esses temas serão debatidos nos programas da EBC.
O termo Windeck é uma gíria angolana usada para identificar pessoas gananciosas que querem ascender socialmente a qualquer preço. A trama é ambientada em Luanda e é centrada nos bastidores da redação de uma revista chamada Divo. A novela tem 140 capítulos e é a primeira novela produzida em Angola. A trama já foi exibida pela emissora TPA, de Angola, e pela RTP1, de Portugal, e em 2013 esteve entre as quatro telenovelas indicadas ao Emmy Internacional, junto com duas obras brasileiras e uma canadense.
A classificação indicativa é 16 anos e será exibida às 23h na TV Brasil com uma curiosidade: será transmitida com áudio original, ou seja, os atores falam o português de Angola, mais próximo à língua falada em Portugal. Ao surgir alguma expressão diferente da usada no Brasil, ela será explicada com uma legenda ou o telespectador será convidado a ir ao site da novela, onde há um glossário. A trama também contará com closed caption à disposição.
 

domingo, 25 de janeiro de 2015

Quem tem mais de 30 vai chorar e quem tem menos vai curtir muito esse som do filme Ruas de Fogo de 1984 que marcou época...

Tonight Is What It Means to be Young - Streets of Fire




 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dan Hartman - I Can Dream About You


Conheça a jovem de Sp que criou um banco para emprestar microcrédito a pessoas que querem abrir o próprio negócio.

Inspirada em Nobel da Paz, jovem de SP cria ONG de microcrédito
Comentários

Afonso Ferreira
Do UOL, em São Paulo (SP)          
                            
 
 
 
 
 
Alessandra França, fundadora do Banco Pérola, ONG de microcrédito que atua em Sorocaba (SP) e região                     
  • Alessandra França, fundadora do Banco Pérola, ONG de microcrédito que atua em Sorocaba (SP) e região
A admiração pelo economista bengalês Muhammad Yunus –ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2006– inspirou a jovem Alessandra França, 27, a criar o Banco Pérola, ONG (organização não governamental) de microcrédito para empreendedores de baixa renda.
Desde o início das atividades, em 2010, a instituição já auxiliou 350 micro e pequenos negócios, com um total de R$ 1,3 milhão em empréstimos. A ONG tem atuação em Sorocaba (99 km a oeste de São Paulo) e cidades vizinhas.
França teve o primeiro contato com o trabalho de Yunus em 2002, quando tinha 16 anos, por meio do livro "Banqueiro dos Pobres", escrito pelo economista.
"O que mais me inspirou nele foi o fato de fazer muito com pouco recurso, e ajudar as pessoas a melhorarem de vida", diz.

Público-alvo são empreendedores de baixa renda

De acordo com França, o público-alvo do Banco Pérola são empreendedores das classes C, D e E que queiram abrir ou ampliar o próprio negócio. Segundo ela, os clientes mais comuns são lojas de roupas e salões de beleza.
É o caso da empresária Eveline Garcia, 27, de Salto do Pirapora (124 km a oeste de São Paulo), que utilizou o microcrédito para ampliar sua loja e conseguiu aumentar as vendas em 50%.
"São pessoas que têm boas ideias, mas, muitas vezes, não conseguem subsídio nos bancos privados porque não podem comprovar renda ou têm dívidas em seus nomes", afirma França.

'Nome sujo' não significa crédito recusado

Antes de conceder um empréstimo, a instituição analisa o perfil do solicitante e a sua capacidade de pagamento. Também é feita uma consulta ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) para verificar o histórico de dívidas do beneficiado.
No entanto, ter o nome inscrito no SPC não significa que o crédito será recusado, diz França. "Se a dívida foi decorrente da perda do emprego, por exemplo, assumimos o risco de fazer o empréstimo para este cliente, mesmo que ele esteja com o nome sujo."
O valor do empréstimo na instituição é de até R$ 5.000 por pessoa, ou de até R$ 15 mil para grupos de três pessoas. O pagamento pode ser parcelado em até 12 vezes. A taxa de juros cobrada varia de 2,8% a 3,9% ao mês, dependendo do valor concedido.
Essa taxa, no entanto, não é a menor do mercado. Na Caixa e no Banco do Brasil, a taxa de juros é de 0,4% ao mês. No Bradesco e no Santander, a taxa varia de 2% a 3,9% ao mês. No Itaú Unibanco, a taxa varia de 3,3% a 4% ao mês.
Apesar do limite de R$ 15 mil, a média dos empréstimos realizados é de R$ 3.000 para a compra de estoque e equipamentos, segundo França. A taxa de inadimplência é de 2,8% do total de clientes atendidos.
A instituição trabalha com o microcrédito orientado, ou seja, agentes da ONG visitam periodicamente a empresa beneficiada para avaliar o desempenho do negócio, e auxiliar o empreendedor com eventuais dificuldades.
"Fucnionamos como uma operadora de crédito sem fins lucrativos com título de Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), concedido pelo Ministério da Justiça, e com autorização do Ministério do Trabalho e Emprego para operar o microcrédito orientado", declara a empreendedora.
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                Banco começou com dinheiro de prêmio

Para abrir a ONG, França inscreveu o projeto em um programa da Artemísia, aceleradora de negócios sociais. A empresária concorreu com 200 projetos e ficou entre os cinco finalistas, que receberam um prêmio de R$ 40 mil, além de uma consultoria de dois anos para desenvolver o negócio. O valor do prêmio foi todo aplicado na ONG.
"Nesse período, aprendemos a gerir pessoas e a criar estratégias de marketing. A partir daí, começamos a correr atrás de parceiros para contribuir com a ideia", diz.
França também ampliou o capital para oferecer aos microempresários com doações e investimento de grandes empresas, como Camargo Corrêa e Votorantim.
"Elas recuperam o investimento em, no máximo, dois anos, e têm a vantagem de estarem associadas a um projeto social", declara.
França diz que todo o dinheiro que retorna para o banco é emprestado novamente para outros empreendedores. Em 2012, a ONG, que não tem fins lucrativos, registrou um saldo positivo de R$ 100 mil.
França afirma que pretende ampliar a atuação de sua ONG, mas ainda com foco nas cidades do interior. "A maioria das capitais já é atendida por algum programa de microcrédito. A ideia é continuar no interior, onde a dificuldade de crédito é maior."

Bengalês é considerado "pai" do microcrédito

Muhammad Yunus é o criador do conceito de microcrédito no mundo. Em 1976, começou a emprestar pequenas quantias de dinheiro do próprio bolso para mulheres de aldeias pobres de Bangladesh, país do sul da Ásia, trabalharem por conta própria.
Superando as expectativas, recebeu de volta todo o dinheiro emprestado. Foi quando viu que poderia expandir a ideia e criar uma instituição financeira que concedesse empréstimos aos pobres rejeitados pelos bancos tradicionais. Nascia assim o Grameen Bank, principal banco credor de microcréditos para pessoas de baixa renda.
Hoje, segundo Yunus, o Grameen Bank atende cerca de 40 milhões de pessoas só em Bangladesh; 97% dos clientes são mulheres e o índice de inadimplência é inferior a 1%.
Apesar de ser considerado o "pai" do microcrédito, Yunus foi demitido do seu próprio banco em 2011, cinco anos após receber o Prêmio Nobel da Paz, por ter violado uma cláusula do regulamento fundador do Grameen Bank sobre as condições da nomeação do diretor-geral.
Segundo Muzamel Huq, presidente da instituição, Yunus foi nomeado diretor-geral do Grameen Bank em 2000 sem a aprovação do Banco Central de Bangladesh. "O artigo 14.1 prevê claramente que um diretor geral deve ser nomeado pelo conselho de administração com o acordo prévio do Banco de Bangladesh", afirmou Hug na época.
  

Já foi o tempo em que levar marmita e lanche era feio, a onda agora é divar com lindas bolsas e lancheiras térmicas .

Você já parou para analisar a quantidade de dinheiro que gastamos com essa história de comer na rua toda hora .Uma pesquisa  recente  mostra que o brasileiro gasta em media R$ 26,84 por refeição nas principais capitais sem contar o cafezinho que é vicio nacional. Mas o gasto financeiro apesar de altos estão ficando cada vez mais em segundo plano , a preocupação geral tem sido com a mudança de hábitos alimentares "perigosos" para uma alimentação cada vez mais saudável. Em casa é fácil ,mas  como se manter saudável quando precisamos cada vez mais nos ausentar do nosso lar para tudo... Eis que ressurgiu das cinzas as marmitas e lancheiras com força total.


 
 
O mais interessante é que logo o brasileiro que ainda tem mania de dar o ctrl c + ctrl v em tudo que é gringo demorou muito a adotar essa prática que é muito comum lá fora dá só uma olhada na marmita gringa das crianças japonesas :
 
 



 
 
 
Com certeza a saúde agradece...
 
 
 
 
essa fofíssima é da L'unique e custa apenas R$28,00 : https://www.facebook.com/pages/Lunique/1011521902195589?ref=hl    

A felicidade pode estar em apenas ser você... Conheça as it girls da periferia que estão mostrando a verdadeira cara do Brasil...

Conheça as meninas que estão ditando moda nas comunidades e fora delas

As ‘it-girls’ das periferias agitam as redes sociais e lançam tendências

por

‘It-girls’ das comunidades: Keyla Bergamazi, Isadora Machado, Ana Paula Liboa, Annapaula Bloch e Carol Fenty
Foto: Ivo Gonzalez / Agência O Globo
‘It-girls’ das comunidades: Keyla Bergamazi, Isadora Machado, Ana Paula Liboa, Annapaula Bloch e Carol Fenty - Ivo Gonzalez / Agência O Globo


RIO - O batom azul da estudante Isadora Machado, de 17 anos, rapidamente se transformou no centro das atenções da sessão de fotos que ilustram esta reportagem, alguns dias atrás, na Lapa.
— Olha essa cor! Essa mulher é muito diva — louva Annapaula Bloch, de 18 anos, do blog “Sou dessas’’.
Naquele dia, Annapaula e Isadora estavam se encontrando pessoalmente pela primeira vez. Até então, as duas eram amigas apenas nos “limites’’ das redes sociais.
— Adicionei a Isadora no Facebook quando vi uma foto dela justamente com esse batom azul! Ela é a verdadeira negra — diz Annapaula.
— Esse batom é uma mistura de gloss transparente com sombra azul 3D — revela Isadora, em tom de confidência.
A escritora Ana Paula Lisboa, de 26 anos, chega na roda elogiando Annapaula, que conhece há tempos.
— Tá comportada hoje, hein! Fazendo o estilo nova Valesca... Acho a Valesca diva. É uma das poucas famosas que sigo no Instagram.
Annapaula concorda com sua xará e aproveita para criticar a cantora Anitta, “pseudo rival’’ de Valesca:
— Ela copia até o dedinho do pé da Beyoncé e, numa entrevista no programa “De frente com Gabi”, disse que não. Outro dia, no “Altas Horas”, falou que mulher tem que se valorizar, mas, uma semana depois, no “Amor & sexo”, ficou dando mole para o homem das outras. Muito contraditória essa moça! — dispara.
A estudante Ana Carolina Santos, de 17 anos, e a hostess Keyla Bergamazi, de 24 anos, são as últimas a se juntarem ao grupo no ponto de encontro marcado para um bate-papo informal. Nunca tinham se visto (sequer virtualmente), mas, em cinco minutos, já pareciam melhores amigas.
— Amei a sua bolsa! Me empresa para eu fazer a foto? — pergunta Keyla.
— Claro! Comprei por R$ 44 num camelô no Centro — responde Ana Carolina, dando a ficha completa do saquinho vermelho com franjas e estampa étnica.
Cada uma na sua, mas com muita coisa em comum, as cinco fazem parte de um novo e forte movimento que cada vez mais une códigos da cidade partida. São as “it-girls” das comunidades: meninas que moram ou frequentam favelas ou bairros da periferia do Rio, lançam tendências de moda e comportamento, são seguidas nas redes sociais e imitadas em grande escala fora delas.
As novas meninas do Rio chegaram para quebrar estereótipos, observa a publicitária Taciana Abreu, que ajudou a fundar a primeira agência numa favela carioca (no Santa Marta, em 2012):
— Elas estão criando um novo padrão de beleza, assumindo seus cabelos, sua cor, suas raízes, criando sua própria moda. Elas pegam o melhor das referências externas, já que a informação está toda disponível na internet, e remixam com as referências de raiz. Da raiz negra, nordestina, de periferia. E, aí sim, criam uma nova estética, que traz consigo o orgulho do território — analisa a publicitária, integrante do Yunus Negócios Sociais Brasil. — Dessa forma, elas estão abrindo caminho para outros jovens e se transformando na nova referência de sucesso na favela.
Annapaula Bloch e suas impecáveis tranças são famosas no Salgueiro, comunidade na Zona Norte do Rio onde a fashionista nasceu e se criou. Há um ano, através de um projeto da Agência de Redes para Juventude, ela criou a revista “Sou dessas”. No final de novembro, a publicação foi lançada em versão online.
— Sempre amei moda, fui bem-apresentada, simpática e do tipo que gosta de saber da vida dos outros — ela se descreve. — Como eu só encontrava revistas feitas para as patricinhas da Zona Sul, com editoriais de moda feitos com roupas para as muito magras, quis fazer uma revista com dicas de moda e maquiagem, comportamento e um pouquinho de fofoca para as meninas da favela. Agora viramos blog porque estamos antenadas com o mundo digital, até a “Capricho” está cada vez mais online.
Annapaula faz compras nas feirinhas da praça do Rio Comprido e do Clube Maxwell, em Vila Isabel (“São os melhores preços e os melhores produtos”, diz). Brinco de pérola, jardineira jeans e short-saia estão em alta, ela sentencia.
— Quero ser estilista, jornalista, atriz e exemplo para muitas jovens da minha favela — ressalta.
Para o escritor e diretor de teatro Marcus Vinicius Faustini, criador da metodologia da Agência, Annapaula já é exemplo para muitas jovens — e não só do Salgueiro.
— Ela faz parte de uma nova geração que vem demonstrando o quanto a favela pensa a cidade, o mundo. Sem culpa, ela vai inventando uma maneira de operar os signos que surgem diante dela. Esse movimento é extremamente político porque coloca a juventude da favela no posto de criadora de tendência — afirma Faustini.
Amiga de Annapaula, Ana Carolina Santos foi promovida a correspondente do blog “Sou dessas’’ na Mangueira (ela mora em Benfica, torce pela Portela, mas tem muitos amigos no morro e está sempre circulando por lá).
— Minha missão é caçar as tendências que nascem nas ruas — diz ela. — Mas também pesquiso na internet. Minha última matéria foi sobre cabelo afro, tranças e black power coloridos, moda lançada pelas meninas do Afro Punk no Brooklyn, em Nova York. As cores mais usadas são azul, rosa e lilás. É o último grito!
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O principal campo de pesquisas de Ana Carolina, no entanto, é o Baile Charme, no Viaduto de Madureira.
— Lá no Viaduto você tem que ser bonita. Os charmeiros são muito estilosos, todo mundo é assim como nós — conta Ana Carolina.
Ana Carolina é (muito) fã de Rihanna, enquanto Annapaula é (muito) fã de Beyoncé. É mais ou menos como se uma fosse Flamengo, e a outra, Fluminense.
Moradora da Cidade Alta e comentarista de moda do “Esquenta!”, da TV Globo, Luane Dias, de 20 anos, compartilha o fascínio pelas divas internacionais:
— Querendo ou não, todas querem se parecer com as mais tops, que são a Rihanna e a Beyoncé. Gosto das duas. Eu mesma, quando tenho uma festa, fico pesquisando looks no Instagram — explica. — Shortinho com top ainda é o uniforme mais popular na favela, mas, aos poucos, está crescendo a turma que opta por uma calça larga, um pano na cabeça... Ou seja, um estilo mais urbano.
Professora do Departamento de Moda e Design do Senac Rio e de Comportamento do Consumidor na Pós-Graduação em Marketing de Moda da ESPM, Elis Vasconcelos observa que, na cidade cerzida, as novas meninas do Rio misturam a moda desfilada pelas patricinhas da Zona Sul com a enxurrada de referências estrangeiras que chega a elas pela internet:
— É antropofagia cultural. Nos últimos anos, com a ascensão da classe C, essas meninas passaram a poder consumir tudo o que acham interessante e, aos poucos, criaram um estilo único e totalmente novo.
Editor do site RIOetc, Tiago Petrik completa:
— As “it-girls” das comunidades não fazem Ctrl C, Ctrl V. Elas têm muito mérito na criação desse perfil, elas reinterpretam para a realidade local e, a partir do que apresentam, as outras meninas se inspiram.
Quando Ana Carolina passa, as “novinhas’’ da vizinhança ficam tão curiosas para saber como ela clareou as pontas dos fios quanto para saber onde ela comprou o vestido da vez:
— Ninguém acredita quando conto que os meus cabelos são queimados do sol! Já as minhas roupas, tenho comprado num brechó beneficente na Lapa. Acho várias peças incríveis.
Criada no Engenho Novo, Ana Paula Lisboa se mudou para a Maré há dois anos e acabou se casando com um “mareense”, o cineasta Cadu Barcellos — um dos diretores de “5 X Favela” e um legítimo “it-boy”. Ela anda causando na comunidade com seus turbantes. A escritora é a principal garota-propaganda da Grife Páprica: dia sim, dia não, ela desfila com uma amarração nova na cabeça.
— O objetivo da Páprica é democratizar o turbante. Mostrar que ninguém precisa ser princesa ou rainha para usá-lo. Dá para botar turbante para ir à escola, à padaria e à noitada, claro, porque é lindo — explica Ana Paula, sócia da grife com a amiga Michele Machado.
Quando não está de turbante, Ana Paula ostenta uma bela cabeleira black power... Loura. Ela exibe com orgulho os cachos cultivados há quatro anos, quando parou de fazer alisamento, raspou tudo e deixou os fios crescerem naturalmente. Coordenadora de metodologia da Agência de Redes para Juventude, é fã do visual da atriz Lupita Nyong’o, a estrela de “12 anos de escravidão”, que ano passado foi eleita a mulher mais bonita do mundo pela revista “People”. Solange Knowles, a irmã fashionista de Beyoncé, é outra musa inspiradora.
— É natural termos referências. Mas digo referências. O Brasil imita desde a sua descoberta. Nós agimos de outra forma: olhamos, admiramos e decidimos fazer do nosso jeito — diz Ana Paula, que está terminando a faculdade de Letras, na Estácio. — Quando crescer quero ser bonita, rica, com mestrado e continuar jovem.
Moradora da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, Isadora Machado tem orgulho de nunca ter feito chapinha.
— Sempre estudei em colégio particular, minhas colegas eram louras dos olhos azuis. As poucas negras da escola tinham o cabelo alisado. Riam de mim — lembra, sem um pingo de ressentimento. — Hoje, todas querem me copiar. Falam que o meu cabelo é lindo.
Filha de uma dona de casa e de um mecânico, está cursando o último ano do Ensino Médio. Ela é bolsista no Centro Educacional da Lagoa (CEL) e sonha um dia ser cantora. Volta e meia, posta vídeos no Facebook interpretando clássicos de cantores como Djavan e Elis Regina. Isadora, ou Isis Mac (seu nome artístico), tem centenas de seguidores nas redes sociais.
— Eu também penso em trabalhar com moda, gosto muito. Sempre me virei. Como eu tenho muita roupa, invisto nos acessórios — afirma.
O colorido estilo dessas e de outras meninas inspirou Carol Rabello a criar, em maio de 2014, o site de moda de rua Zona Norte Etc, uma brincadeira com o RIOetc.
— A cultura negra está voltando fortíssima, aliada ao colorido do samba e do funk cariocas — observa Carol, de 31 anos, nascida e crescida no Méier. — A moda está pulsando em Madureira, na Tijuca, no Méier. As meninas estão buscando o que há de mais bonito em si. Talvez por estarem mais longe da praia, mostram a barriguinha e as celulites sem as neuras das patricinhas da Zona Sul. A autoestima das meninas da Zona Norte é muito forte.
As “it-girls” das comunidades, é bom deixar claro, garantem não ter qualquer preconceito com a Zona Sul e seus modismos. Annapaula Bloch e Ana Carolina Santos, por exemplo, vivem na Praia de Ipanema, ou “Ipanema Beach”, como preferem chamar. Essas novas e influentes meninas, aliás, circulam por toda a cidade.
— Tradicionalmente, o Rio tem essa coisa de venerar a garota de Ipanema. Mas hoje há outras garotas interessantes e que não se definem por um só bairro. Elas circulam por Ipanema com a mesma desenvoltura que sobem o Vidigal, vão à Glória e também frequentam o baile do Viaduto de Madureira — observa Caio Braz, estilista e apresentador do “GNT Fashion”.
Keyla Bergamazi pertence à categoria indefinível. Nascida em Vila Isabel, na Zona Norte, a morena de tranças coloridas é, como se diz por aí, uma cidadã do mundo. Depois de oito meses morando na Inglaterra, no ano passado ela voltou ao Rio e decidiu dividir um apartamento com um amigo, no Morro do Cantagalo. Na sequência, se matriculou num curso de moda na Casa Geração, no Vidigal.
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— A (cantora) Mariana de Moraes queria usar um vestido meu num show, mas o figurista dela achou o modelo ousado demais. A bunda ficava toda de fora, mas tinha hot pants por baixo... Enfim, o Rio de Janeiro ainda é muito hipócrita em termos de moda — reclama Keyla.
Atualmente, ela trabalha como hostess no recém-inaugurado Bar Sobe, no Horto, e está desenvolvendo uma marca com duas amigas.
— Estamos criando roupas mutáveis. Blusa que pode virar vestido e vice-e-versa para as mulheres que emendam uma reunião num jantar, um jantar numa festa, e não têm tempo de passar em casa para se trocar — explica Keyla, que no dia da sessão de fotos “divou’’ com uma calça pantalona dourada. — Nossa, mas estou tão básica...

sábado, 20 de setembro de 2014

Conheça a impressionante história da menina de 16 anos que ficou milionária ao criar sua própria marca de cosméticos....

                                               
Divulgação



A incrível história da garota que criou sua linha de cosméticos não tóxicos

Ava Anderson, 16 anos, descobriu que a maioria dos produtos de beleza contém substâncias tóxicas. Não pensou duas vezes e criou sua própria marca de produtos

   
Outubro de 2008. Era uma noite comum na casa de Ava Anderson, uma garota norte-americana como tantas outras, capaz de citar de cabeça quase todas as frases do filme Meninas Malvadas. Ava estava assistindo à televisão com sua mãe, Kim, quando uma reportagem anunciou: um estudo feito com adolescentes de várias partes dos Estados Unidos detectou, em média, 13 substâncias tóxicas presentes no corpo de cada uma delas - algumas que poderiam até mesmo causar câncer. Mas como essas substâncias foram parar lá? Simples: por meio dos cosméticos e das maquiagens que as garotas usavam. Foi por isso que Ava deixou de ser uma garota "como tantas outras" e criou sua própria marca de cosméticos. Preocupada com o que viu na TV, Ava descobriu na internet um banco de dados mantido pela mesma organização que realizou o estudo, a Environment Working Group, que listava os makes seguros para uso. E assim descobriu que nenhum dos produtos que usava era apropriado. O destino deles? Ava jogou todos no lixo. A menina também fuçou nos produtos da mãe e das avós para saber o que elas estavam usando. "Eu sabia o que tinha nas gavetas melhor do que elas", lembra.

A batalha de Ava pelo direito de ficar mais bonita sem prejudicar a saúde acabou virando um dilema: se ela jogasse tudo fora, o que poderia usar? Foi aí que ela deu um passo além: com o apoio dos pais, decidiu criar sua própria linha de beleza. Hoje, a Ava Anderson Non Toxic tem 21 produtos - batons, blushes, cremes - sem componentes tóxicos. A marca cresceu tanto que já tem 600 consultoras vendendo os produtos nos Estados Unidos. Mas, infelizmente, a linha ainda não pode ser encontrada no Brasil. "Tenho muita sorte por ter meus pais ao meu lado durante tudo isso. Eu duvido que fosse possível levar o negócio sem o envolvimento deles. Para falar a verdade, na minha idade, é impossível sequer assinar um cheque legalmente", conta ela. Kim, superorgulhosa da filha, ressalta a importância da atitude de Ava. "A maioria das pessoas não tem ideia do que coloca na pele", diz ela. Agora que é uma empresária, Ava precisa fazer tudo caber na sua agenda. "Durante o ano letivo, a escola é prioridade", conta.

No resto do tempo, a garota pode ser encontrada divulgando sua causa a favor dos cosméticos seguros - para isso, ela tem o site e uma página no Facebook. Depois de ter alcançado tanto sucesso em apenas dois anos, a americana não pensa em parar e quer chegar cada vez mais longe com seu projeto. "Daqui a dez anos, espero estar à frente dos meus negócios. Espero que minha mensagem positiva chegue a todas as pessoas não só do meu país mas do mundo", diz. Para uma garota que conseguiu ver a beleza além do simples ter um rostinho bonito, a missão não parece nada impossível.